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Hemofilia: Saiba Como Conviver Com a Doença

A hemofilia é uma doença genética, que altera a coagulação do sangue, isso quer dizer que seus efeitos colaterais são principalmente sangramentos difíceis de serem estancados, provocando grande perda de plasma. Além disso, ela também causa fortes dores nas articulações e hematomas frequentes.

Muitos idosos sofrem com essa doença porque não puderam ter o acompanhamento correto de tratamento, ou não puderam tratar. Por isso, muitos deles preferem ficar em casas de repouso com tratamentos 24 horas.

Mais comum entre os homens, a doença ainda não possui cura, mas é possível sim ter uma rotina normal quando o tratamento é realizado da forma correta. 

O que é hemofilia?

Como citado anteriormente, a hemofilia se trata de uma doença hereditária. Ela ocorre devido a ausência do o VIII (oito) e o IX (nove), que dentro do nosso corpo são elementos responsáveis pela coagulação do nosso sangue. Sendo assim, ela é classificada de duas formas: Tipo A e Tipo B.

Hemofilia Tipo A: É quando o paciente nasce com déficit de fator VIII (oito)

Já a hemofilia Tipo B se trata da falta do fator IX (nove)

A diferença entre os dois pode ser encontrada na quantidade de fator presente no plasma sanguíneo, porém os sintomas e nível de sangramento é o mesmo nos dois casos. 

A classificação desses níveis são medidos da seguinte forma: 

Hemofilia grave: Menos de 1% do fator presente no sangue;

Hemofilia moderada: Entre 1% e 5% do fator presente no sangue;

Hemofilia leve: Mais de 5% do fator presente no sangue.

Como funciona a coagulação do sangue?

Nosso corpo possui 13 fatores de coagulação, que juntos, trabalham de forma ordenada no processo de estancar sangramentos, ou seja, quando nos machucamos, eles são os responsáveis por criar a famosa “casquinha”, responsável por fazer o sangue parar de sair. 

Porém, isso não acontece em pacientes com hemofilia devido a deficiência dos fatores VIII e IX, que impedem a formação da fibrina que segura a casca, tornando o sangramento contínuo. 

Principais sintomas da hemofilia

Os sangramentos internos e externos são os principais sintomas. Mas além desses, o paciente também costuma enfrentar fortes dores nas articulações, como joelhos, cotovelos e tornozelos também. 

Isso acontece justamente pelos  sangramentos internos que costumam ocorrer nas juntas e músculos, gerando desgaste nas articulações e ossos. Isso pode ser percebido por inchaços, manchas roxas e até aumento de temperatura nos locais lesionados. 

Tais sintomas podem aparecer ainda no primeiro ano de vida. Porém, acabam se tornando mais evidentes para a família quando a criança começa a cair e se machucar durante brincadeiras e tentativas de andar sozinha. 

Porém é importante ressaltar que nos casos mais graves, onde a pessoa possui menos 1% do fator presente no sangue, os sangramentos podem acontecer espontaneamente, sem precisar necessariamente de uma lesão. Sangramentos nasais também podem ser um sinal da doença. 

Cuidados para conviver com a hemofilia

Em todos os casos é necessário fazer a reposição do fator coagulante. Porém, em casos de sangramento compressas de gelo podem ajudar a estancar, mas o atendimento médico não pode ser dispensado, já que o ocorrido pode deixar sequelas musculares e articulares. 

Neste caso os exercícios físicos também são quase que indispensáveis, pois vão fortalecer a musculatura e minimizar os sintomas. Já a intensidade deles vai variar de acordo com o grau da doença, levando em consideração a intensidade e decorrência das dores.

Os pais de criança devem sempre observar seus filhos, principalmente se as articulações se encontrarem inchadas ou com hematomas. 

Tratamento da hemofilia

Dado o diagnóstico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente. Ele é realizado por meio de medicamentos responsáveis pela reposição dos fatores coagulantes deficitários. Lembrando que quanto mais cedo iniciar o tratamento, menores as sequelas causadas pela doença.

Levando em conta que pacientes de hemofilia precisam de um acompanhamento médico para prescrições e orientações, estar respaldado por um plano de saúde se torna essencial.